quarta-feira, janeiro 28, 2015

sonâmbula,
rainha da estrada,
percorro trilhos e túneis
- minha morada.
adormecida em segredo
a mente é tigre
sangrento, furioso,
trancafiado
mas livre!
calibre infinito
é caça todo dia
meu rastro é rascunho
fuga que o caminho guia.
como o tempo passa!
queria eu comer o tempo
mas não gosto de passa
gosto de pássaro
e de passar o tempo
te vendo passear
sem pressa, no vento.
do céu caem lágrimas ou briga
olhar e tempestade
quem sabe até uma canção.
hoje voou uma folha
não havia doce nem retrato
era simples
e cheia de linhas
parecia uma...
não!
consigo vinha um lenço
caderninho dourado
e uma solitária luneta.
agora enxugue a solidão
reacenda o apagado
e reescreva as linhas da mão.