de repente você sacou a arma,
e, com um tiro,
arrancou toda minha vontade.
me deixou perdida,
fora do espaço entre nós.
fui para longe,
onde a pólvora não tinha força,
morta e com a bala pesada nas mãos.
joguei no lixo a minha tarde,
o pôr-do-sol,
todos os pulsos que me nutriam.
o sangue-sentimento é doce,
mas agora só sinto um gosto
salgado queimando minha face.
a dor voa no ar
como estalo sinfônico.
eu caio no chão
como silêncio de pausa.
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