terça-feira, junho 19, 2007

romeoejulieta

Tudo parece ter acontecido em um momento único, tu em meus braços, e nada mais. Aqueles instantes em que tudo é eternizado, brilho de alma única. Ó Romeo, Romeo. Se não tivesses corrido da ausência, da falta do que não vem, onde estaríamos nós?
Tu me pagaste com a vida, e eu com minha morte. A estrela acendeu os olhos para ti, para seu sorriso final. O momento se foi, apesar de eterno, e tudo que desejo é que sejas Romeo outra vez. Que me dês a mão para voarmos pelo infinito e que pisques os olhos, tão doces, para mim.
É inverno, meu querido. E tua ausência é forte. Foste em essência, não em carne. Ainda guardo teu corpo em minha sala velada, com rosas vemelhas e mariposas negras. Todos os dias dou-te um beijo nos lábios gélidos, roxos, queimados. Quero ter-te em beijos de amor... Daria tudo para voltar ao céu e sair deste inferno maldito!

Sou sua não-Julieta, a que tu mais odeias e desprezas, mas, ainda assim, eu te amo com fervor.
Meu Romeo de outono, e falsa miragem de primavera.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo lindo lindo. Quando eu crescer, escrevo assim. Gostaria mesmo de ter tua inspiração, Pree. De escrever com a intensidade que escreve. Mas são estilos diferentes... :]