as pessoas me encostam, me empurram, silenciam o meu grito por um momento. e eu consigo visualizá-las, tocá-las de volta, passar os dedos pelos seus cabelos ondulados de conchas raras.
mas é só por um agora, que passa e que parece nunca existir, como um piscar de olhos que já não se percebe, pois é automático e estalante.
e no estalo eu consigo sorrir. sorrio realmente como quem quer chocolate no inverno, como quem quer banho frio após um sentimento escaldante e violento.
mas passa, passa bruscamente e eu me deparo em frente a um espelho sem reflexo, pois já não me consigo reconhecer. encosto no grande buraco entre mim e o infinito e me sou inalcançável. meus dedos tocam o ar. meus dedos sentem, mas eu não os vejo. não vejo nada.
logo então você, que é a mais completa expansão de mim, me abraça. forte. escuto o seu coração invadindo tudo o que é vasto dentro dos meus sentires. e a vontade de colocar-me para fora cresce, cresce, cresce, quero gritar profundamente a angustiante necessidade de encontrar-me na multidão.
não, já disse que não me reconheço, por isso estou perdida entre os milhares de rostos.
suprimo o grito. suprimo o que seriam idéias de lágrimas. você vira o rosto e eu afundo. não me percebo. tenho medo. tenho tudo dentro de mim, mas nada consegue me definir.
quero agarrar-me a algo, nem que seja uma personificação, por mais doentio e cruel que isso seja.
ah, como tenho medo e nada do que se possa dizer conseguiria acalmar o que vejo como minha realidade. não, é mentira, não vejo. a realidade me é fragmentária, angustiante, criada e recriada. a realidade me devora.
quero ser salva. quero uma personificação.
quero que mintam para mim. eu não me importo, quero que mintam, mintam verdadeiramente, como se acreditassem que a mentira é verdade. e talvez seja! ah, lá me estou eu mentindo para mim mesma novamente.
eu abro os olhos e sinto vontade de jorrar-me através deles. quero que me guardem em uma jarra quando eu escorrer através da minha pele. quero que coloquem uma rosa nessa jarra e que ela cresça. quero ter medo por cada pétala dessa rosa e esquecer que tenho medo por algo que é meu.
você pode fazer isso para mim?
você, que é tão dependente do que o eu sou, você pode existir por alguns momentos?
porque eu preciso.
preciso que me abrace e que me voe para longe, para onde o infinito se torne finito, para que eu possa me encontrar, porque estou perdida. estou tão perdida que nem sei o que você está se tornando...
só vejo uma solução: esquecer. voltar ao sorriso imediato e tentar fingir que sou e que me sinto.
mas o que sinto para fora não é fingimento, é tão relativamente real, que eu poderia até mesmo escrever sobre isso.
mas por enquanto abstenho-me a escrever sobre o que não posso escrever, pois assim é uma forma de construir um mínimo pedaço de vidro do meu espelho.
Um comentário:
Goebbels :“Repita a mentira mil vezes que ela vira verdade”
Nazi-lullo-petismo é a mistura de nazistas com lullistas com petistas. Acho que é o que o dr. Mengele procurava com suas experiências genéticas durante o nazismo e nunca encontrou. O lullista não é automaticamente petista. O PT pode acabar de uma hora para outra, que os lullistas continuarão existindo, como os peronistas na Argentina. O Partido Justicialista acabou há uns 300 anos e o peronismo está lá, firme.
Petista quer dizer lullista. Sem lulla, o PT e os petistas não existem. Não há vida fora do lulla para o PT, do mesmo jeito que há umas sete (ou sete mil) vidas para lulla fora do PT. Eu desconfio que o PT está mortinho, a espera de ser avisado, mas só quem pode avisar é o lulla, peççoalmente . Elle, Noço Paizinho , vai dar o recado quando oferecer ao Maior Partido do Ocidente , o PMDB, um monte de bocas, boquinhas e boconas que eram do PT.
Neste ponto, preciso dar crédito ao criador da frase "pavimentar os trilhos". É brilhante, mas não é minha. É delle, que a pronunciou sem ler, em outro daqueles improvisos históricos. Reich de 40 anos é isso mesmo. O Hitler prometeu um "Reich de Mil Anos", conseguiu o quê, uns 12 ou 13 anos. Os nazi-lullo-petistas desde o começo discutiam um projeto de pudê de 40 anos. Para isso, foram em duas direções distintas, mas convergentes. Uma, em busca do "dinheiro não contabilizado" para financiar o projeto. Outra, a conquista dos corações, com Herr Von Duda aplicando o saber que herdou de Goebbels, marquetero de Hitler: "Repita a mentira mil vezes e ela vira verdade".
Confer:http://brasilacimadetudo.lpchat.com/index.php?option=com_content&task=view&id=791&Itemid=220
Legi.
Album.
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