com toda vontade e sede
abri o livro que me continha.
deixei que o mundo me lesse.
página por página de tinta borrada,
palavras em negror profundo.
senti os dedos úmidos tocarem meu corpo,
me passearem,
interpretações à flor da pele fugidia.
mas nem toda a linguagem possível
conseguia me ditar em concretismo impessoal.
o que eu possuia era muito mais
ser indefinível e realidade que não se escreve.
4 comentários:
Lindo, lindo. Tem um toque de erotismo suave, que se mescla às sensações de intimidade que advém de ser lido, concretamente lido. Legal mesmo.
Teu melhor poema, sem sombra de dúvida :)
Até agora, Tarsila, até agora...
gostei
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