sábado, agosto 01, 2009

posse de abstrato.

eu tenho uma loucura dentro de mim
que canta, dança, roda.
explode em fogo adverso,
queima as cortinas de veludo
que cobrem as palmas de minhas mãos.

sabê-la é como ler labirintos,
mapas em branco aos pedaços.
abrir o baú que a guarda
é volta ao pensar universo.

não que consiga liberdade,
fera única de dois gumes.
o que tem é meu ar,
minha vida, a paixão de acordar e ser.

como fui enganada!,
e a água que me envolve reflete o real,
ouço um riso histérico de prazer:
eu sou tida por ela.

- paciente, nunca sujeito de mim.

Um comentário:

Rafael Lemos: Multitudes. disse...

Nossa, Pri, esse é ótimo!!! Estou lendo seu blog avidamente!!! hahahaha

Bjs.