tempo, motor dos pés, do meu choro e do ventoque, leve, surrupia dos lábios os segredos e as novas históriasantigos presentes que não freiam. vida,arrastada, traiçoeira, não hásaídaaqui e do outro lado do mundo
o que foge, o que fica, mesmo que anseie
não é um pedido, mas uma intimação.
solidão é o que nos resta quando os dedos se perdem na longa distância do adeus. é aquela fome tardia e sem pressa posta em cima da mesa numa tarde de domingo, são as horas marcadas por um relógio quebrado (e mesmo assim teimamos em querer acreditar nesse tempo).às vezes (e hoje percebo que são incontáveis), ela se manifesta nesse mergulho longo e sem ar entre nós dois. os olhos se arrancam dos corpos e vão passear, saboreando a paisagem e bocejando o cansaço dos dias.