deitada no chão da casa que chove
(sim, chove muito)
o café quente lendo o livro que mais amo
amor numa tarde que chove
e escurece lentamente
amor que é a felicidade menos incômoda da vida
esse amor que sinto o cheiro de longe
já misturado ao do café
e também ao da chuva
é o amor que afago
com um gesto despreocupado
nessa tarde
que não chove
e preciso levantar.
segunda-feira, março 27, 2017
segunda-feira, março 06, 2017
total eclipse of the heart
Once upon a time
I was falling in love
But now I'm only falling apart
There's nothing I can do
A total eclipse of the heart
1 fevereiro de 2017. sonhei com um eclipse solar. foi angustiante. o mundo se fechava, e eu saía correndo de casa para o outro lado da rua. quando tentava voltar, já não sabia onde morava, onde eu estava. invadia um prédio qualquer. era perseguida. e não encontrava meu caminho de volta.
1 de março de 2017. aconteceu o eclipse solar. mas o mundo estava nublado. era carnaval, e havia uma purpurina falsa na minha pele. foi também quando tudo acabou. eu já sabia, antes de tudo realmente começar, que o caos era eminente? que eu estaria perdida, completamente angustiada, ainda sem encontrar a porta que deixei escancarada?
I was falling in love
But now I'm only falling apart
There's nothing I can do
A total eclipse of the heart
1 fevereiro de 2017. sonhei com um eclipse solar. foi angustiante. o mundo se fechava, e eu saía correndo de casa para o outro lado da rua. quando tentava voltar, já não sabia onde morava, onde eu estava. invadia um prédio qualquer. era perseguida. e não encontrava meu caminho de volta.
1 de março de 2017. aconteceu o eclipse solar. mas o mundo estava nublado. era carnaval, e havia uma purpurina falsa na minha pele. foi também quando tudo acabou. eu já sabia, antes de tudo realmente começar, que o caos era eminente? que eu estaria perdida, completamente angustiada, ainda sem encontrar a porta que deixei escancarada?
sexta-feira, março 03, 2017
I was born in a thunderstorm
como eu queria, no meio da minha bebedeira, escrever palavras bonitas. mas nem digitar direito eu consigo. por que não dormir? com toda a ânsia que estou e guardar na cama, lugar para reflexão e choros baixinhos.
mas já não consigo chorar. não consigo mais sentir. quero mais um copo de cerveja. mais um. mais um. esquecer tudo que está acontecendo à minha volta, um momento de transposição. não é isso que faço? um transpor-me do meu corpo para lugar nenhum, em absoluto nenhum.
agora, com as borboletas voando pela sala, e a vida pulsando no meu peito, é tão bom estar aqui. no meio de absoluto som nenhum. mentira, sia toca na minha cabeça. e daí? tudo passa, tudo inquestionavelmente passa...
e as coisas, o sentimentos, mudam num sentido acelerado, maior do que eu posso acompanhar, nessa minha silenciosa pergunta.
mas já não consigo chorar. não consigo mais sentir. quero mais um copo de cerveja. mais um. mais um. esquecer tudo que está acontecendo à minha volta, um momento de transposição. não é isso que faço? um transpor-me do meu corpo para lugar nenhum, em absoluto nenhum.
agora, com as borboletas voando pela sala, e a vida pulsando no meu peito, é tão bom estar aqui. no meio de absoluto som nenhum. mentira, sia toca na minha cabeça. e daí? tudo passa, tudo inquestionavelmente passa...
e as coisas, o sentimentos, mudam num sentido acelerado, maior do que eu posso acompanhar, nessa minha silenciosa pergunta.
quarta-feira, março 01, 2017
you met me at a very strange time in my life
quando estou com você, o dia se desdobra: passa rápido, mas parece que vivi um ano inteiro. não é só porque rio, ou converso horas a fio. é coisa de gesto, de cheiro, do teu olhar no meu.
cada dia que não estou com você ou que não converso com você parece que não vale à pena. parece que está faltando um pedaço de mim, que o mundo está sem graça.
ao mesmo tempo que te amo de forma visceral, tenho um medo aberto nas minhas veias. ele diz ao pé do ouvido: vai embora, esse não é o seu lugar. baixinho, mas firme, calcula a hesitação no meu caminho.
e você faz coisas que não consigo entender. me machuca de um jeito que só você pode machucar.
do carnaval só restou o querer que você me invadisse, que me puxasse pelo braço e me abraçasse, que não me deixasse ir. mas a vida é complicada e às vezes imita a arte: momento estranho, quem sabe em outra vida.
cada dia que não estou com você ou que não converso com você parece que não vale à pena. parece que está faltando um pedaço de mim, que o mundo está sem graça.
ao mesmo tempo que te amo de forma visceral, tenho um medo aberto nas minhas veias. ele diz ao pé do ouvido: vai embora, esse não é o seu lugar. baixinho, mas firme, calcula a hesitação no meu caminho.
e você faz coisas que não consigo entender. me machuca de um jeito que só você pode machucar.
do carnaval só restou o querer que você me invadisse, que me puxasse pelo braço e me abraçasse, que não me deixasse ir. mas a vida é complicada e às vezes imita a arte: momento estranho, quem sabe em outra vida.
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