terça-feira, agosto 12, 2014

poema para dormir


no cansaço das horas
entre as reticências e o porém
de um frio trôpego
alcancei por acaso um fósforo
perdido, no latente beijo
de uma rede de acalanto.
porque rede é balanço
mas também sossego
pendurada como brincos
na concha do outro dia
e como busca no dia
que não é outro nem esse.
encontrada sou cochilo
perdida sou insônia
entre as nuances semi-adormecidas
ora sono longo ora bocejo
acordo e sorrio.

Nenhum comentário: