domingo, abril 19, 2015

deixa eu te contar outro segredo: entreguei ao mundo minhas mãos entreabertas, guardiães da minha solidão, estrelas de um corpo cadente e ainda descaminhado.
te pedi pra apertá-las, pra gravar nas linhas um desenho ainda perdido, mas cheio de tons e respirar. que olhei pra elas e vi teu destino, meio terra e meio raio, daqueles que nascem no meio da tempestade e no cheiro de mato molhado.
caíram anéis pelo caminho: completamente nua, aguardei o toque do mundo, divórcio do ontem e ardência de um quê recém-nascido.

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