domingo, julho 12, 2015

queria escrever flores
deitada no banco do jardim
cavar raízes no tempo
esperar em um cochilo a primavera.
bebo um copo d'água
ou será de universo?
não, é a flor que me toma
em sua boca, em seu caule, em sua morada.
há horas desenho enigmas
e apago, como se fosse deus
jorrando milagres imperfeitos na terra
dando à luz botões inocentes.
minhas mãos são pétalas que morrem.

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