terça-feira, agosto 25, 2015

o córrego não corre mais,
nem carrega minha dor.
pediu licença pra ser água-viva,
transformar peixes em pássaros,
libélulas em borboletas
água em tinta.
onde vou agora depositar as lágrimas?
que dava ao choro tempo pra existir e ir embora,
(subterfúgio de ser um pouquinho de mar.)
vou guardar tudo num jardim
fazer delas um ou dois orvalhos
quem sabe assim nasça uma flor...

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