domingo, agosto 08, 2010

(por que não?)

sinto falta de como as coisas eram. olha, sei que tudo muda, e deve faltar muita maturidade dentro de mim para que eu possa entender sem um sofrimento perturbador e aceitar os fatos. mas eu não acredito ainda, não consigo, dói, fico horas deitada olhando para o teto sem conseguir nem ao menos mover os olhos. entro em depressão, fico arrasada, choro, tenho medo. tudo junto. e não há ninguém para quem eu possa ligar, dizendo: me dá uma página em branco para eu secar a tristeza.
esse texto já está clichê o suficiente, eu sei. mas eu não me importo, não agora. já passa de 1 da manhã, e eu não consigo dormir.
quero ouvir música, olhar as estrelas, salvar o mundo. quero voltar àquele dia em que eu não estava sentindo nada disso. quero, sinceramente, não querer mais nada. apenas que as coisas sejam naturais, mas não efêmeras. nossa, por que a efemeridade me ataca tanto?
hoje eu me fiz uma pergunta. na verdade, duas:
o amor é uma flor?
eu sou uma flor?
eu não quero ser uma maldita flor! mas eu juro juro juro que seria uma flor à beira da morte se eu pudesse salvar o amor de sê-lo. e aí é que eu acho que a eternidade me faz chorar, quando olhamos para o álbum de fotografia e não nos reconhecemos mais.
por que eu preciso da eternidade? eu queria ser mais forte, mais presente no agora. por isso a solidão...
porque tudo passa muito rápido, e eu fico lentamente para trás. não. algo de mim fica para trás, algo que eu quero de volta mas nunca mais consigo encostar.
é a falta de mim mesma. não que eu não me tenha agora, porque eu tenho, mas eu crio espécies de relacionamentos inseparavéis com juras de amor eterno com as partes que deixei ontem.

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