sábado, outubro 02, 2010

a poesia morre(dentro de mim)
agora!
calada por beijos apressados,
sozinha,
com as dores já não consigo ter.

muitos versos sempre ansiei
cadentes contornos do corpo
silêncio das gêmeas horas
edifício desnudo escrito por ninguém

quando me olha o espelho,
me vêem livros rasgados
recortes de outros tempos já presos e prévios
irmãos que partiram antes de nós

a poesia não me beija
romance sem clichê e final
ligação tardia e dolorosa
reticência que sopra a vida



(agradecimentos ao ramon, que fez parte da construção desse poema :P)

Um comentário:

André L. Borges disse...

Versos caprichados com um amargo e generoso tempero de sopro poético