quinta-feira, janeiro 31, 2013

hoje o dia está sorrindo, e eu não estou contigo. consigo até olhar a lua sem lembrar dos seus olhos me chamando. vou te contar uma coisa: eu não acredito mais em você. eu cheguei até um fundo de poço que, de tão fundo, nem conseguia mais se sentir poço ou parte do mundo. e você estava em qualquer outro lugar, jogando todas as malditas palavras que um dia me disse no ar, num rio ou na estrada. não se atreveria a fazer isso com o mar, porque ele é meu território, não seu.
sempre olhei o o mar como quem olha para casa. acho que já te disse que me sentia perdida, não é? tenho medo do mar, das ondas, do meu lar. porque voltar para a poeira do quarto, sentir a porta abrindo e um grande piano te esperando para ser tocado é assustador.
desenhei várias flores no corpo para que me respirassem. algo em mim nasceu de novo: uma pétala, a cor dos olhos, o toque no mundo. acho que consigo nos perdoar por toda essa bagunça. perdoo mais a você que a mim, porque ainda preciso um pouco dessa saudade, dessa solidão.
 

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