domingo, outubro 02, 2016

há em mim uma matéria de reclusão
atração por estantes empoeiradas,
o dia namorando o corpo livre
e chegar lentamente com os livros na cama. 
estar em absoluto silêncio 
e ainda assim conversar em muitas línguas
falar sobre a morte das papoulas
e sobre o que pensa quem agora acorda do outro lado do mundo.
parece que atravessei um espelho
achando que era mergulho em qualquer água
não morro afogada, felizmente
mas será que morro cortada?

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