terça-feira, fevereiro 28, 2017

poema pós moderno sobre vazio existencial em um mergulho de tédio no calor do rio de janeiro

não, não quero nada
não me venham com conclusões
a única conclusão é morrer.
quem me dera a morte fosse uma conclusão
um emaranhado de não querer
o fim descoberto de um abismo com frio
é apenas a invenção do meu tédio
da loucura que acha que é loucura
(na verdade é um puro dia comum)
sentada refletindo, com a mão apoiadora de pensamentos
bebo um café adocicado
termino e não há sorte pra se ler no fundo do copo.
é esse café o presságio da morte?
de novo, achando que é loucura,
só um café açucarado aceitando a fé da palavra.

Um comentário:

Ramede disse...

O começo me lembrou Tabacaria de Pessoa.