terça-feira, abril 21, 2009

Abstrato.

caiu o seu retrato da parede
e sua face espalhou-se sobre o chão da sala.
suas expressões correram para os cantos
e guardaram-se nos buracos dos sentidos.

corri atrás do seu sorriso,
capturei-o na tocata de sua fuga.
beijei, amei e senti:
joguei-o no bolso da arte.

comecei a pintar um quadro difuso,
onde coloquei o seu sorriso
no centro do pensamento.

delineadas as linhas,
coloridas as formas,
seu sorriso chorou
por falta de todo
e solidão expressiva.

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