terça-feira, maio 20, 2014

ainda há tempo
de esconder as linhas da mão
de fugir do vício do amanhã
de acalmar a fera embaixo da cama.

correr muros de frases soltas
arrombar a casa descuidada
arrumar a bagunça da janela no verão.

subi no mundo e disse calma
que ainda tenho uns segundos
pra decidir se sou freira
puta ou cigana.

ainda há tempo
de cochilar o nunca mais
e desenhar o de repente.

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