ainda há tempo
de esconder as linhas da mão
de fugir do vício do amanhã
de acalmar a fera embaixo da cama.
correr muros de frases soltas
arrombar a casa descuidada
arrumar a bagunça da janela no verão.
subi no mundo e disse calma
que ainda tenho uns segundos
pra decidir se sou freira
puta ou cigana.
ainda há tempo
de cochilar o nunca mais
e desenhar o de repente.
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