terça-feira, janeiro 16, 2007

Ainda Assim.

Se eu fosse vestígio
Do que já se passou,
Ainda assim,
você me recordaria?

Se eu fosse um símbolo,
Fechado, cravado: uma incógnita,
Ainda assim,
Você me decifraria?

Se eu fosse a água poluída
De rios mentirosos,
Ainda assim,
Você me nadaria?

Se eu fosse a vida
Com desgraça e sem sorrisos,
Ainda assim,
Você me viveria?

- Pergunto-lhe, ao final:

Se eu fosse o que sou,
Escondida por máscaras,
Atrás de sentimentos não-sentimentais

Se eu fosse um espinho em vez de rosa,
Se eu fosse má poesia em vez de prosa,

Se eu fosse inferno em vez de céu
Se eu fosse amarga em vez de mel,


Ainda assim,

Você me amaria?


[ Se, ainda assim, você me amar, eu lhe pago uma bebida. ]

7 comentários:

Anônimo disse...

dúvidas, dúvidas

Anônimo disse...

hey girl ... cara muito bom ... você melhorou bastante desde a ultima vez que li um poema teu, isso faz quase 1 ano já xD~~ muito bom muito bom ^^
bjs =]

Anônimo disse...

Me deve uma bebida.
Hauhauahauhauahauhaha

Anônimo disse...

Como te disse no msn, me lembrou Kryptonite. :D

Anônimo disse...

Poesia devassa de botequins não visitados, empoeirados e com aranhas dentro de garrafas de cachaça bebidas por baratas baratas!

Meu tipo de poesia ;]

Anônimo disse...

"Se eu fosse má poesia em vez de prosa"

adorei, adorei.
muito bom, garota. =)
mas é melhor pagar um algõdão doce. =/
beijos!

Marina Schmidt disse...

Eu nom resisti... Precisei descer a página e comentar essa poesia...
Não fosse por essa maluqice na última frase, a poesia seria perfeita... Mas vá entender o que se passa na sua cabeça, né, vó?
Poesia linda, escritora, também, linda.
Bjokinhas na testa! x________x