hoje o amor foi embora,
porque amanhã é dia de luta
pela dor, pelo sorriso, pelo bom dia esquecido.
hoje ele carregou meu óculos de sol,
e já não enxergo teus pés chegando de leve no quarto
nem a borboleta pousando na fotografia.
deixou nem carta ou aviso
nem entrada de cinema pra distrair o coração.
foi embora, assim, com as preces
e meus segredos de menina selados.
mas beijou o espelho de vermelho
e gravou as digitais pelo armário.
sinto cheiro da terra remexida
do jardim ainda cheio do ano passado.
pegou o primeiro trem
e jogou um lenço pela janela
lencinho branco, de dar adeus.
soprei pra longe,
por aí pelos trilhos desordenados
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