olho para o lado e já não tenho flores.
não é tempo de primavera.
talvez outono, porque venta
tentada nesta janela
mirando o imenso chão em que jaz uma formiga
liberta de qualquer pensamento vão.
não é tempo de primavera.
talvez outono, porque venta
tentada nesta janela
mirando o imenso chão em que jaz uma formiga
liberta de qualquer pensamento vão.
trabalha, ao som de meus lamentos
sou quase uma cigarra desafinada
contando as folhas que caem em seu lar
- o mundo. há sempre uma casa para ir.
sou quase uma cigarra desafinada
contando as folhas que caem em seu lar
- o mundo. há sempre uma casa para ir.
saudade de cheirar jasmins.
quando volta a primavera?
quando voltar minha infância
livre de beijos, de choros na madrugada.
quando volta a primavera?
quando voltar minha infância
livre de beijos, de choros na madrugada.
que lugar é esse, onde agora estou sentada?
é a preparação para o suicídio?
(ao menos assim terei flores)
ou a espera de coisa nenhuma?
é a preparação para o suicídio?
(ao menos assim terei flores)
ou a espera de coisa nenhuma?
assim tão louca, tão incrédula,
o que será que essa formiga vai pensar de mim?
o que será que essa formiga vai pensar de mim?
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