sábado, julho 14, 2018

às vezes me pergunto
porque não há mais
ninguém que me ouça
se em outra vida
outro sonho
me deram o nome
penélope
sinto que estou
à espera de alguma
coisa nenhuma
não me entristeço
teci plumas de paisagem
memória escondida na selva
não preciso ser salva
pelo menos
nessa vida
a matéria do impossível
é meu único navio.

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