quando não há nada a ser
dito o silêncio que flutua
em banheira de pensamento
como uma esponja de criança
absorvendo água sabão
e o dia inteiro
tristemente
sujo de incertezas
quando não há outra
utilidade para essa esponja
que poderia ser de pedra ser de
vidro, estilhaçada à beira do
corpo assobio
uma melodia disforme
visto que não sei assobiar
isso também é dizer
nada só que assim
afogo alguma coisa
em vez de
me afundar.
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