deitei as mãos no umbral
como quem escreve as dores no papel
parte presa, parte pássaro
pedi pro céu carregar meu olhar.
a angústia escondida na casa que sou
a vida escapando janela a fora
deixei a poeira escolher seu lugar.
o que resta são os móveis
gavetas cheias de acasos e segredos.
e o jardim
que finge abrir flores de eternidade.
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