pulsa.
que a vida é canto sem demora
sem ir embora
fica,
que o mundo não gira mais
mas sofre
chora
dói.
e agora, o que eu faço?
se nas mãos só tenho areia seca
que em um dia tocou o mar na lembrança
e agora foge das ondas
a escorrer como suor.
senta comigo,
não tenho banco nem praça
só o balanço pelas ruas cansadas.
te chamo pra fugir dessa história
cheia de mágoas, rachas e razão.
fecho os olhos,
não para dormir,
mas para espantar o choro
esse que me acompanha quando lembro
que tudo é tão maior que nós dois
que nossas mãos dadas escondidas
e até mesmo que o amanhecer é cúmplice de todos os crimes...
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