O calor é o ardente que me faz lembrar do tempo em que brincava de queimado. Eu corria, me machucava, caia, levantava. Nem me importava se estava calor.
- Está na hora, menina, amanhã você brinca mais.
Não, não e não. Batia o pé, fazia pirraça. Queria brincar mais. E não agüentava esperar até o outro dia. Tinha que ser naquele momento, com aquela brincadeira que nunca se repetia. Precisava brincar ali, senão era como morrer, perdia a vida.
- Se você não vier agora ficará de castigo!
Mas como os adultos gostam de atrapalhar a vida uma criança! Eu queria ficar brincando, por que não podiam deixar eu imaginar que voava pelo mundo, ou que vivia numa floresta? Ora, a infância passa tão rápido, basta um piscar de olhos e... pronto! A criança já não é mais criança.
- Mas, mãe, só mais cinco minutinhos...
E quem disse que a coroa me cedia cinco minutinhos de alegria? Que nada, ou eu ia para casa naquela hora, ou apanhava de cinto e ficava de castigo. Apanhei muitas vezes, devido a malcriações impetuosas. Mas o que mais temia era ser proibida de sair de casa. Imagine-me no sofá, presa, maltratada, somente com a televisão maldita. Ah, como eu chorava.
- Eu quero brincar!
- E te impeço?
Crescia uma raiva ao peito de tal forma, que sonhava em fugir de casa.
Planejava tudo: o dia, a hora, biscoitos que levaria na mochilinha. Chegava até a escrever cartas dizendo que havia fugido para viver livre, longe de ordens e de impedimentos.
Eu era boba, mas sabia viver.
Sabia, pretérito, muito bem.
Obviamente, não sou mais assim. Sei esperar o próximo dia. Às vezes, até almejo por tal. Não sou tão impulsiva como já costumei ser e consigo segurar meus anseios e meu desgosto momentâneo.
Por outro lado, não consigo mais ter a tão espontânea alegria de criança, nem a vontade de viver agora e nunca se importar com o futuro.
Tento aproveitar os momentos ao máximo, mas sempre surge algum tipo de preocupação que leva meu pensamento para longe do segundo vivido.
Mas quem sabe um dia volto a ser criança ...
E por que não agora?
- Pique-pega! Tá com você!
10 comentários:
Também já escrevi cartas falando que ia fugir! Bate ae XD E quando eu era criança pedia pra ter uma casa na árvore, meu QUASE colocou ;_;
e eu nem era tão feliz assim quando criança.
bái bái ;*
tá.. eu ADOREI SEU LAYOUT *_________*
Minha infância foi o máximo, brinquei muito na rua coma gurizada, brinquei muito de casinha com amigas, acamapava na sala da minha casa, brincava de ter super poderes.
Me lembro q uma vez meu irmão fez malcriação e minha mãe mandou nós dois pra casa mais cedo, interrompendo o esconde-esconde. Chorei por horas x]
=****
Eu aproveitei, e muito, minha infância. Minha vida era a rua e a sensação de liberdade não era somente a sensação, era ela que eu vivia enquanto brincava.
Meus pais sempre contam que, certa vez, eu ainda muito muito novinha, minha mãe disse "menina, você só pensa em brincar!" e que eu respondi "mas eu sou criança. está na idade de brincar. depois eu vou crescer e não vou poder mais."
Crescemos...
E eu nunca gostei de ser café-com-leite, mesmo sendo sempre a menorzinha!
powtz...
T____T
se sabe
mas eu sou e fui gato de rua...
infancia rula
ser criança rula ii
eu ainda sei ser uma criança,cheia de coisas novas,conhecimentos e bla bla bla...
mas criança
Youth is a state of spirit,not a number on your ID...
Foi o que disse pros vovos nos EUA esse fds ;D
bah, mas eu ainda sou assim :D
*conta até 15 e sai correndo atrás de vc*
adorei ~
nostálgico xD
mas espera!
eu não cresci ainda ^~ continuo a mesma criancinha irritante.
Essa brincadeira é chata ;/
Vamo jogar video-game!\o/
*Criança do capitalismo*
É gostoso ver esses pensamentos nostálgicos tão bem escritos, ainda mais quando nos IDENTIFICAMOS com eles...
Vim aqui através do Deleteria, vou te favoritar lá e já vou te linkar...
Bjitos!
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