domingo, outubro 29, 2006

Aquilo.

O que ocorre em mim, neste momento? A dor, a dor de não saber. Os sentidos se confundindo com verdadeiras imagens. Os pensamentos que almejam explodir em sinfonia. Explodam! Ora, se querem! Parem de me atormentar. Com isso, caio e me vou até as estrelas. Claro, claro. As estrelas sem brilho, porque. Porque. Por quê? Eu sei que vôo, eu sei. Mas não me sinto. Onde estou? Onde estou? Onde estou? Quero me tocar, me sentir, me aliviar.

Encontra-me, sentimentos. Por favor. Cria-me. Solta-me. Cala-te, por fim. Não quero mais te ouvir. Vá embora. Deixa-me. Suma! Eu quero acordar, ó Deus, eu quero acordar. Preciso. No que acreditas



?


Na morte! Pois sei. Acreditas nisso e em nada mais! Eu a quero, já disse. Ela me vem todos os céus. Acredita, lá, em antes? Eu não, ah, eu não. Só no que não surge. E, também, no que não fica.

Eu sonho acordada. Eu falo calada. Deixa-me.

Já disse, suma.

O que é? Vasta-me. Tu querias, tu querias... tu querias sonhar? Morte. Sangue. O gritar. Ah, derivação imprópria! O que te importa? Vamos, o que te importa?
Os morcegos! As asas que batem, os olhos que não vêem. Eles criaram para ti, correram de tua caverna. Para onde? Oh, não. Não para onde.

Acaba, acaba agora.

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